A CESTA DE FRUTAS DA EMBRAPA
Graças à pesquisas, o Brasil poderá cultivar uvas no cerrado, um limão que dura 12 dias e um maracujá três vezes mais produtivo. São trunfos para o país diversificar o agronegócio e aumentar a exportação de frutas.
Uva em Nova Mutum, em Mato Grosso: expansão da fronteira agrícola com o investimento em pesquisa.
São Paulo – No final dos anos 70, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mudou os rumos do agronegócio no país ao lançar a soja adaptada ao cerrado. Foi o que permitiu a expansão da cultura para regiões onde a semente original jamais germinaria. E seguiu-se uma série de inovações que, ao longo das últimas décadas, modernizaram a agricultura brasileira — sem elas, a produção nacional de grãos não teria subido de 30 milhões de toneladas no início dos anos 80 para 162 milhões em 2012.
Agora, a Embrapa ambiciona mudar a história de outro segmento: a fruticultura. Após mais de 20 anos de seleções e cruzamentos genéticos, a empresa acaba de vender aos produtores brasileiros as primeiras sementes de oito novas variedades de frutas, desenvolvidas inteiramente em seus laboratórios. “As novas sementes podem levar o Brasil a dar um salto na produção e a ampliar a nossa exportação de frutas“, diz Maurício Lopes, presidente da Embrapa.
Na nova cesta de frutas, o que mais chama a atenção é a produtividade. Veja o caso do maracujá. O Brasil é responsável por 70% da produção mundial da fruta e tem uma produtividade média de 14 toneladas por hectare. O tipo rubi do cerrado, criado agora pela Embrapa, rende três vezes e meia mais e, por ter muito mais polpa, é ideal para sucos.
Se todas as plantações do país adotarem a nova variedade, dentro de cinco anos a fruta vai gerar uma receita adicional de 172 milhões de reais — hoje, o valor da produção nacional de maracujá é próximo de 1,4 bilhão de reais por ano. Outro benefício das novas variedades é o controle de doenças, reduzindo as perdas de safra e o custo do produtor com agrotóxicos. Um novo cupuaçu, batizado de carimbó, é mais resistente à vassoura-de-bruxa. A banana chamada platina, ao mal do Panamá.
Essas doenças são capazes de dizimar lavouras inteiras. As pesquisas ainda trazem benefícios para além do campo. O limão tradicional dura de quatro a oito dias após a colheita. A nova espécie criada pela Embrapa resiste por 12 dias. Como ocorreu com os grãos nos anos 70, os pesquisadores se preocuparam em expandir a fronteira da fruticultura.
FONTE: Exame.com
LINK:
http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1033/noticias/a-cesta-de-frutas-da-embrapa
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